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Como especificar a compra de uma capela de exaustão química?

Requisitos para fabricação de capelas de exaustão química

Segundo a norma EN14175-2 podemos dividir os requisitos para fabricação de capelas de exaustão da seguinte forma:

  • Dimensões

  • Materiais

  • Requisitos Básicos de Segurança

  • Monitor do Fluxo de Ar

  • Utilidades de Serviço

  • Identificações

Dimensões

A dimensão da Capela de Exaustão Química deve seguir os dados abaixo:

Largura: múltipla de 100mm de preferência nas dimensões 1200mm e 1500mm

Profundidade: deve compreender as medidas de 600mm – 1200mm

Altura de trabalho: Não deve exceder 900mm com tolerância de 50mm, sendo fabricada de preferência nas alturas de 500mm, 720mm e 900mm.

Materiais

Materiais Gerais

Os materiais utilizados para construção de capelas de exaustão química devem ser considerados de acordo com os produtos a serem manipulados dentro do equipamento. Estes materiais devem tem resistência mecânica, química e térmica.

Exemplo de Materiais:

Material da Guilhotina

A guilhotina deve ser transparente fabricada de materiais que possam garantir uma barreira física entre o operador e o equipamento garantindo a segurança contra emissões acidentais de substâncias químicas. Pode ser utilizado materiais como vidro temperado, laminado ou materiais plásticos como acrílico por exemplo.

Requisitos Gerais

Área de trabalho

A área de trabalho deve ser fechada por parede traseira, lateral, teto e tampo de trabalho sendo o frontal do equipamento com guilhotina deslizante conforme os materiais descritos acima. O tampo de trabalho deve ser plano com borda frontal para retenção de líquidos podendo ser de preferência com borda nos quatro lados do tampo se a capela for modelo walk-in o tampo pode ser instalado sobre o piso. Para o descarte dos líquidos deverá ser providenciado um dreno, cuba, ou calha com materiais resistentes a corrosão. Se o líquido for armazenado em um recipiente no armário inferior deverá haver ventilação. Os baffles (chicanes) devem ser instaladas de modo a permitir fácil limpeza. É importante salientar que não deve ser permitido alteração da posição original dos baffles, pois, isso interfere diretamente na aerodinâmica do fluxo de ar. Visando futuras manutenções áreas de acesso segura deve ser prevista. Se o equipamento for construído com base de apoio esta base deve ser projetada de modo a suportar carga assim como o tampo da capela sendo 2000N aplicados em uma área de 120mm x 120mm. Se a capela de exaustão química tiver base (gabinete inferior) o mesmo deve suportar o peso da capela e garantindo que não haja deformação do material e instabilidade do equipamento.

Entrada de acesso para manutenção

Deve ser previsto uma entrada de acesso para manutenção elétrica e mecânica do equipamento. Esta entrada facilita a manutenção das utilidades da capela do laboratório de forma simples sem a necessidade de desmontar o equipamento.

Exemplo de entrada acesso para manutenção:

Guilhotina

Modo de Operação, Segurança e Limites de Abertura

A abertura da guilhotina de permitir parada em qualquer posição, porém a abertura máxima da guilhotina no modo operacional deve ser de 500mm e não deve exceder 600mm, sendo que as marcações devem ser claramente marcadas na capela do laboratório. Para modelos de capela walk-in não é especificado limites de abertura. Dentro de muitos laboratórios é comum a prática de trabalho com a guilhotina aberta no máximo permitido mecanicamente (Aberturas superiores a 600mm) normalmente utilizado para a entrada de equipamentos, porém, um sistema mecânico de parada no limite máximo de abertura de operação (500mm) deve ser instalado obrigando o usuário desabilitá-lo para que a guilhotina seja aberta acima do limite. Para a volta do vidro a posição de operação não deve haver nenhuma trava para a descida do vidro. Um Alarme visual e sonoro deve ser instalado indicando para operadores que a abertura máxima da guilhotina foi excedida; o sistema de alarme instalado deve permitir ser silenciado pelo operador. A guilhotina não deve permitir ferimentos ao usuário durante abertura e fechamento. Os dispositivos utilizados para suspensão da guilhotina devem ser resistentes a corrosão ocasionada pelo ambiente. Um sistema de segurança deve ser previsto com objetivo de parar o vidro caso qualquer um dos cabos do contrapeso venha a romper-se. Para facilitar a abertura e fechamento da guilhotina a força máxima para movê-la deve ser de 30N para uma única guilhotina e 50N para múltiplas guilhotinas. Quando é utilizado um sistema motorizado para abrir e fechar a guilhotina obrigatoriamente o movimento da guilhotina poderá ocorrer de forma manual. O sistema motorizada deve estar preparado para identificar obstruções incluindo objetos transparentes durante o movimento. O sistema motorizado não deve movimentar a guilhotina em uma velocidade acima 0,5 m/s. A guilhotina deve oferecer uma barreira entre o operador e as manipulações por isso deve fornecer proteção contra respingos de reações. A alça (puxador) da guilhotina deve oferecer ergonomia e não obstruir a visibilidade do operador.

Exemplo de sistema mecânico de parada da guilhotina:

Monitor de Fluxo de Ar

Um monitor de fluxo de ar deve estar instalado na capela monitorando seu correto funcionamento em tempo real durante todo o uso da capela. O objetivo deste monitor é indicar se o volume de ar extraído é seguro ou inseguro ao usuário. O monitor de velocidade da capela deve permitir ser testado quanto ao seu funcionamento. Além disso deve possuir alarme visual e sonoro para avisar o operador sobre o funcionamento incorreto da exaustão, após o alarme ser soado o monitor deve permitir ser silenciado pelo usuário.

Exemplo de Monitor de Fluxo de Ar com alarmes para o sistema de exaustão e guilhotina da capela de exaustão de gases

Utilidades Serviços:

Utilidades Gases e Água

As utilidades de gases, vácuo, ar comprimido, água entre outros devem estar posicionadas no espaço de trabalho permitindo fácil acesso ao usuário e causando menos interferência possível no fluxo de ar. Os comandos de acionamento das utilidades devem estar instalados na parte externa do equipamento. As utilidades deverão impreterivelmente possuir identificação tanto no espaço de trabalho como no comando podendo ser facilmente identificados. Os comandos utilizados para os gases combustíveis deverão estar protegidos contra abertura acidental como GLP, por exemplo. Para este tipo de gás deverá ser utilizado válvulas do tipo aperte e gire.

Exemplo de válvulas de comando a distância e bicos:

Escoamento de Líquidos

Cada componente de escoamento de líquidos (bandeja, dutos, etc) deve possuir seu próprio sifão, porém se todos os componentes estiverem ligados em uma única tubulação eles poderão ter um sifão em comum. Para os escoamentos com bojo cada bojo deverá ter seu próprio sifão. Se o sistema de descarte de líquidos estiver em conjunto com a capela de exaustão o equipamento deverá ter um acesso para limpeza de todas as peças.

Exemplo de bojos e sifão em polipropileno injetado:

Tomadas Elétricas

As tomadas elétricas deverão ser instaladas sempre que possível na parte externa do equipamento, se elas estiverem instaladas abaixo do tampo de trabalho deverão possuir proteção mínima IP44 contra derrame de líquidos. Se as tomadas tiverem de ser instaladas dentro da superfície de trabalho deverão possui proteção IP44 devendo ser instalado fora da zona de trabalho.

Iluminação

Sobre o sistema de iluminação o mesmo deve ser medido e avaliado conforme EN14175-3:2003 cláusula 9. É importante que ao instalar a iluminação no interior da capela de exaustão deve-se levar em consideração que o sistema deve ser isolado não permitindo a entrada de gases liberados no interior do equipamento e vapores inflamáveis, evitando a corrosão.

Identificações da Capela de Exaustão de Gases

No frontal do equipamento, de preferência na guilhotina deve existir a seguinte marcação “Mantenha a guilhotina fechada sempre que possível”. Se as guilhotinas forem mistas, ou seja, horizontal e vertical deve existir a seguinte informação: “Não operar a guilhotina na posição horizontal e vertical ao mesmo tempo”. O equipamento deve receber uma placa de identificação contendo os seguintes as informações:

  • Nome e/ou maca do fabricante e/ou fornecedor

  • Tipo do Equipamento, Modelo e ano de Fabricação

As utilidades como torneiras e válvulas devem ser identificadas de acordo com a EM 13792. Lembrando que identificações devem ser realizadas sem que atrapalhe a visibilidade do operador através da guilhotina.

Exemplo de identificações da Guilhotina:

Exemplo de placa de Identificação:

Para fechamos o assunto segue foto de uma capela internacional da fabricante Wesemann certificada pela EN14175.

Se você gostou do artigo ou tem alguma dúvida deixe seu comentário ou nos envie um e-mail para suporte@laboraltec.com.br.

Referências Bibliográficas:

EN14175-2 - Fume cupboards - Part 2: Safety and performance requirements

http://beryl-labs.com/wp-content/uploads/2013/02/trespa.big_.jpg(acessado 09/03/17)

http://beryl-labs.com/wp-content/uploads/2013/02/resin.jpg(acessado 09/03/17)

http://www.beryl-labs.com/wp-content/uploads/2013/02/pp.small_1.jpg(acessado 09/03/17)

http://www.beryl-labs.com/wp-content/uploads/2013/02/ss.small_.jpg(acessado 09/03/17)

http://www.locscientific.com/fullpanel/uploads/files/add-air-fume-hood-00002.jpg(acessado 09/03/17)

https://www.coleparmer.com/i/mn/0907080(acessado 09/03/17)

http://www.labconco.com/images/cms/large/sashstop.jpg(acessado 09/03/17)

https://images-na.ssl-images-amazon.com/images/I/41InEjxDx2L._SX342_.jpg(acessado 09/03/17)

http://www.pcelectric.at/fileadmin/pce/FTP_Daten/PCE%20eMag%20Kataloge%202016/160066_EN_pdf13.pdf(acessado 09/03/17)

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